Governo investiga aumento abusivo de preço de alimentos.
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Governo investiga aumento abusivo de preço de alimentos.

Leite e feijão, arroz, oléo de soja, más maior vilã tem sido a carne e derivados. Outros alimentos como cenoura, cebola, tomate, laranjas, banana subiram no último mês, de acordo com Conab.

Diante da crise do aumento dos combustíveis, que provocou uma corrida ao supermercado, o governo federal começou a monitorar o preço de alguns alimentos no país. O objetivo é saber se está existindo aumento abusivos. A investigação começou pelo leite. A venda online de supermercados dobrou após vários fatores, catástrofes naturais. Veja como evitar golpes na compra on-line.

O processo ainda está no início. Ele começou no fim de março quando Secretaria Nacional do consumidor (Senacon),do Ministério da justiça aceitou uma denúncia feita pela associação que representa os supermercados (Abras) sobre um aumento do leite de cerca de 30%

A Senacon procurou laticínios e Associação Brasileira do leite longa vida (ABLV),para que prestassem esclarecimentos. Agora os técnicos estão checando os dados enviados por essa empresa. “Queremos deixar claro que não tem intenção de estabelecimento de preços no país. O sistema é de livre mercado,más existem alguns limites”, afirma o chefe da Seconacon Luciano Timm. “A legislação proíbe aumento arbitrário de lucros e preços abusivos. Queremos investigar onde está o problema: causa econômica, que pode ocorrer neste momento que país está passando de crise que veio junto com pandemia, ou oportunismo “,acrescenta Timm.

A investigação deverá durar cerca de um mês. Caso seja comprovado má- fé das empresas o ministério abrirá um processo administrativo, que, ao final, poderá render multa de até R$9,9 milhões para cada envolvido, a depender do faturamento. A redação procurou ABVL, citada na investigação, más não obteve retorno até publicação da reportagem.

Por outro lado os produtores de de leite argumentaram que, mesmo com aumento denunciados,ele não esta chegando ao bolso do pecuarista. Esta alta não foi repassada pelas industrias aos produtores,apesar dos produtores estarem precisando há muito tempo, bem antes das catástrofes naturais pois trabalham com custo bem mais alto do que recebe”, afirma Geraldo Borges, presidente da associação que representa os produtores (Abraleite).

Feijão na mira outro alimento que esta no radar do governo é feijão, mas ainda não está em investigação. Tradicional no prato do brasileiro, o grão subiu cerca de 70% no mercado interno nos últimos 3 meses. No ano passado, nós tivemos redução na área plantada de feijão em estados importantes, como Paraná, Minas Gerais e Goiás,que optaram por plantar soja, o que trouxe um desequilíbrio de oferta”,explica o presidente do Instituto Brasileiro do feijão,Marcelo Lüders. No último ano, a área plantada caui 7,5%, com colheita 3% menor. Segundo o setor, problemas climáticos afetaram as lavouras o que também ajuda a explicar o resultado meno
No campo, feijão valorizou 55% em 12 meses, de acordo com o analista de mercado Jonathan Pinheiro,da consultoria Safras & Mercado. Ele conta que o valor vinha subindo desde o início do ano, mas que ganhou força por causa dos
últimos acontecimentos.

Projeto em Destaque:
Punição para aumento abusivo de preços durante desastres

O PL 618/2023 criminaliza o aumento abusivo de preços de produtos e serviços por ocasião de calamidade pública, endemias e epidemias.

Maryhanderson Ramos ovil

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Maryhanderson Ramos Ovil
Jornalista e redatora, publicitária

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